As representações e inserções LGBT são reflexos da busca por visibilidade e reconhecimento social que flui desde os anos 1950, na Europa e América do Norte, e 1970, no Brasil, com o advento de movimentos organizados gays. Essa busca – por visibilidade, reconhecimento e, consequentemente, aceitação – gera tensões na medida em que tenta desconstruir ou questionar o modelo hegemônico vigente, sustentado pelas relações de poder que perpassam todos os âmbitos sociais. Entretanto, ao gerar essas tensões, a própria visibilidade se amplia por acarretar discussões, que ao tornarem mais qualificados o discurso e o imaginário social sobre as afetividades e sexualidades, concedem respeito e igualdade através reconhecimento social e direitos jurídicos.

Essa igualdade almejada torna-se “buscável”, a partir de uma mudança de valores sociais – fruto da situação pós-moderna, definida por Iribure: “Na conformação de uma sociedade pós-moderna, da transformação, do questionamento de padrões (de)limitadores do comportamento humano, em muito influenciados pelas evoluções tecnológicas e pela própria sociedade da informação que tem acesso rápido ao novo, mesmo que efêmero, nota-se o aumento de programas, noticiários e peças publicitárias que abordam as minorias sexuais.” (2006) –, onde as minorias não mais devem ser rechaçadas, mas incluídas. Os direitos humanos e democráticos, ainda que não plenamente efetivados, passam a ser plenamente justificados, tornando os LGBT publicamente defensáveis.

 Nessa busca, a mídia tem papel fundamental, ao expressar massivamente o homossexual, suas aspirações e conceituações. Além de ser um mediador cultural que incorpora e constrói representações socialmente estabelecidas. Assim, é agora, na Pós-Modernidade, que a visibilidades das diversidades de g~enero acontecem, sendo definidas pela Mídia, nas telenovelas, nos discursos jornalísticos, nas narrativas publicitárias; e  ainda que em menor escala, formulada pelos discursos acadêmicos do campo da Comunicação.

Baseadas nesse complexo e multidisciplinar processo social é que as pesquisas de levantamentos e análises de Teses e Dissertações e Comerciais Televisivos se sustentam. Os projetos de iniciação cientifica com orientação de André Iribure Rodrigues, que iniciaram em 2010, participam dessas discussões apresentando as relações de poder e negociação existentes entre o grupo hegemônico e as variantes identitárias. Além de analisar as representações e inserções dessas variantes, como um mediador cultural, no cenário acadêmico e publicitário.